Apologies! Your web browser lacks required capabilities. Please consider upgrading it or switching to a more modern web browser.
Initializing. Please wait…
!!Capítulo 1: Suicídio
<img src="https://i.imgur.com/imvM2fC.png" alt="Desenho de Floresta" class="centro" />
Vila de Cerranilla. Um pequeno povoado em ascensão tecnológica, isolado em meio à vegetação nativa do país. Próximo ao lago, adentrando a floresta, um homem corre. Sua respiração ofegante combinada com seus movimentos velozes demonstram desespero. A expressão de medo claramente representada em sua face. Ele quebra os pequenos galhos dos arbustos em seu caminho, procurando correr sempre em linha reta.
A chuva caía fortemente sobre a vegetação, deixando o solo barroso e dificultando a fuga do pobre senhor. Mas qual seria o motivo de tamanho desespero? O homem grita:
- Vá embora, garoto! Me deixe em paz!!
Ele já não suportava mais a ativididade física intensa. O corpo perdia as forças gradualmente. Ainda correndo, ele observa uma grande árvore, muito maior que todas as outras da floresta, com uma cavidade em meio ao tronco na qual ele poderia se esconder e ainda se abrigar da chuva. O homem pensou em continuar correndo ainda mais, mas seu corpo não conseguiria aguentar por muito tempo.
[[Esconder-se na árvore]]
[[Parar e se acalmar]]
[[Continuar correndo]]
Imaginando que se esconder na árvore seja a escolha mais adequada, o homem vai até a cavidade que se estendia do chão até um metro da árvore. Ele se abaixa para tentar entrar e se abrigar, mas percebe um objeto largado nesse local.
"Um ursinho de pelúcia no meio da floresta?", pensa. A este ponto ele deveria estar muito longe de qualquer distância que um pai deixaria seu filho brincar no mato. Ele segura o urso sujo e molhado e joga-o em qualquer direção, preparando-se para se esconder na árvore. Subitamente um arrepio percorre sua espinha, como um presságio. Assustado, o homem lentamente direciona sua visão ao local onde havia lançado o urso, deparando-se com o "garoto". Era uma criança de pele extremamente pálida, vestido com trapos velhos e de cabelo comprido, cobrindo parte de seu rosto.
O homem engole em seco, o medo o impossibilitando de dizer qualquer coisa ou se mover. Essa criança deveria ter feito algo horrível para este homem ter tanto medo da mesma. Ou seria o homem culpado de algo?
<<set $escondeuNaArvore to true>>
[[O garoto fala com uma voz baixa e infantil, apontando para o brinquedo.]]Imaginando que continuar correndo seja a escolha mais adequada, mesmo estando exausto, ele prossegue adentrando a floresta. O homem já estava sentindo tontura e com as pernas trêmulas. Ele tropeça em alguma coisa, perdendo um pouco do equilíbrio e, cedendo ao cansaço, se joga no chão. Direcionando sua visão para o objeto no qual havia tropeçado, o homem vagarosamente se levanta, ainda tentando recuperar o fôlego e a força nas pernas. Ele observa o que era aquilo que o derrubou.
"Um ursinho de pelúcia no meio da floresta?", pensa. A este ponto ele deveria estar muito longe de qualquer distância que um pai deixaria seu filho brincar no mato. Ele segura o urso sujo e molhado. Subitamente um arrepio percorre sua espinha, como um presságio. Assustado, o homem lentamente vira sua cabeça para trás, deparando-se com o "garoto". Era uma criança de pele extremamente pálida, vestido com trapos velhos e de cabelo comprido, cobrindo parte de seu rosto.
O homem engole em seco, o medo o impossibilitando de dizer qualquer coisa ou se mover. Essa criança deveria ter feito algo horrível para este homem ter tanto medo da mesma. Ou seria o homem culpado de algo?
[[- ...urso...]]
<<set $continouCorrendo to true>>
Imaginando que parar e tentar se acalmar seja uma opção, o homem coloca as duas mãos nos joelhos e tenta recuperar o fôlego. A água da chuva mistura-se com o suor da sua face e escorre pelo seu queixo. Ele tenta organizar informações na sua mente, mas o medo o deixa confuso. Seria esse "garoto" uma pessoa real ou apenas sua mente pregando peças? O homem olha em volta, procurando saber em que parte da floresta estava, e percebe um objeto largado próximo a si mesmo. Ainda confuso, pois jurava que aquilo havia aparecido somente agora, e não estava lá há um segundo.
"Um ursinho de pelúcia no meio da floresta?", pensa. A este ponto ele deveria estar muito longe de qualquer distância que um pai deixaria seu filho brincar no mato. Ele segura o urso sujo e molhado e joga-o em qualquer direção, pois estava coberto de barro. Subitamente um arrepio percorre sua espinha, como um presságio. Assustado, o homem lentamente direciona sua visão ao local onde havia lançado o urso, deparando-se com o "garoto". Era uma criança de pele extremamente pálida, vestido com trapos velhos e de cabelo comprido, cobrindo parte de seu rosto.
O homem engole em seco, o medo o impossibilitando de dizer qualquer coisa ou se mover. Essa criança deveria ter feito algo horrível para este homem ter tanto medo da mesma. Ou seria o homem culpado de algo?
- ...urso...
O garoto diz com uma voz baixa e infantil, apontando para o brinquedo. [[O homem se aproxima vagarosamente do ursinho, com as mãos trêmulas.]]
<<set $parou to true>>
O delegado Arthur chega na sua casa exausto após um dia de trabalho intenso. Ele havia se dedicado muito ao caso do Sr. Mendez, pois eram vizinhos e amigos. Era importante para ele se dedicar para saber a quem o bilhete se referia. Ou se o bilhete tinha realmente sido escrito pelo Sr. Mendez. Arthur percebe o movimento na casa de Melissa, imaginando que sejam parentes e amigos dando as condolências, mas ignora. Já havia ido na casa antes, achou que seria incômodo aparecer novamente por lá. Ele abre o seu guarda-chuva na área de lavanderia da casa para secar. Acha estranho que sua filha não está fazendo barulho com os brinquedos ou falando alto, então chama:
- Filha, cadê você? Papai chegou!
O silêncio o deixa intrigado. Será que elas estão dormindo? Ou haviam saído para jantar? Sua esposa teria deixado alguma mensagem, se fosse o caso. [[Ele vai até a sala para ver se a televisão está ligada.|Procurar]]Pedro está em seu quarto, na cama, com o rosto afundado no travesseiro. Uma mistura de raiva e tristeza tomava conta do seu corpo, gerando uma sensação de formigamento que partia do seu coração. Raiva por entender que seu pai havia perdido a vontade de viver sem levar em consideração sua família, tristeza por não suportar que nunca mais iria poder conversar com seu pai. Pedro vira-se e olha para o teto do seu quarto. As estrelinhas que brilham no escuro tinham sido colocadas lá pelo seu pai. O ventilador de teto também havia sido consertado várias vezes por ele. Tudo naquele ambiente era torturante. O garoto sabia que um dia ele iria se acostumar com aquilo, mas ainda era muito recente.
Pedro imagina o que iria mudar sem a figura paternal na sua família. Imagina que os seus colegas iriam tratá-lo mal por não ter um pai. Ainda estava no período de férias, e a ideia de ter novos colegas que poderiam tratá-lo mal por causa disso era assustadora. Ele já não tinha uma relação forte com os colegas, ninguém que pudesse chamar de amigo. Seu melhor amigo era seu pai, e só ele bastava. [[O garoto levanta-se para ir ao banheiro e lavar o rosto.]]!A Expressão
<img src="https://i.imgur.com/wwtKUb3.png" alt="Desenho de Ursinho" class="centro" />
!!!! <center>por Júlia Castro Stefanello</center>
!!!!!Baseado na obra <a href="https://www.wattpad.com/story/63857327-express%C3%A3o-psicopata">Expressão Psicopata (2016)</a>.
Cinco anos após o suposto suicídio de seu pai, Pedro sente que existe algo por trás dessa história e decide investigar por conta própria. A partir desse momento, situações sobrenaturais começam a surgir em sua vida. O destino dessa criança e os mistérios da Vila de Cerranilla estão sob seus cuidados. Agora cabe a você descobrir o que assombra o pequeno Pedro e tentar salvá-lo.
[[Início]]
- ...urso...
O homem se aproxima vagarosamente do ursinho, com as mãos trêmulas. Convencido de que o urso pertencia à criança, ele comenta, gaguejando:
- Você quer o urso? Eu te dou ele, tudo bem? Mas, por favor, pare de me atormentar!!
Os olhos do homem atentos a qualquer possível movimento do garoto. Ele segura o brinquedo e oferece-o para a criança. O menino recolhe sua mão, rindo em deboche. Ele aumenta o tom da risada, gargalhando para o nada, enquanto levanta sua cabeça.
[[- O urso será a última coisa que você vai ver!!]]
O homem estremece. Ele olha para o urso em suas mãos e percebe que o brinquedo não está mais com um leve sorriso característico dos ursinhos de pelúcia, mas esboça uma expressão de tristeza. As linhas que contornam a boca do urso estão direcionadas para baixo. Poderia ser delírio do homem, já que ele estava tão atormentado que poderia estar imaginando coisas. Mas ele poderia jurar que o urso não possuía essa expressão antes.
O homem sente uma tontura súbita, como se sua mente estivesse dormente. Ele parece entrar em um estado de transe. Não conseguia pensar.
O garoto ainda estava em deleite com a situação, esbanjando sua gargalhada. Em uma inspiração rápida, a criança cessa a risada. Imediatamente faz surgir uma corda sabe-se lá de onde e a entrega para o homem.
[[- Você sabe o que fazer. - diz a criança em tom sério.]]Convencido de que o urso pertencia à criança, ele comenta, gaguejando:
- Você quer o urso? Eu te dou ele, tudo bem? Mas, por favor, pare de me atormentar!!
Os olhos do homem atentos a qualquer possível movimento do garoto. Ele segura o brinquedo e oferece-o para a criança. O menino recolhe sua mão, rindo em deboche. Ele aumenta o tom da risada, gargalhando para o nada, enquanto levanta sua cabeça.
[[- O urso será a última coisa que você vai ver!!|Continua]]O homem estremece. Ele olha para o urso em suas mãos e percebe que o brinquedo não está mais com um leve sorriso característico dos ursinhos de pelúcia, mas esboça uma expressão de tristeza. As linhas que contornam a boca do urso estão direcionadas para baixo. Poderia ser outro delírio do homem, mas ele tinha certeza que o urso não possuía essa expressão antes.
O homem sente uma tontura súbita, como se sua mente estivesse dormente. Ele parece entrar em um estado de transe. Não conseguia pensar.
O garoto ainda estava em deleite com a situação, esbanjando sua gargalhada. Em uma inspiração rápida, a criança cessa a risada. Imediatamente faz surgir uma corda sabe-se lá de onde e a entrega para o homem.
[[- Você sabe o que fazer. - diz a criança em tom sério.]]O garoto diz com uma voz baixa e infantil, apontando para o brinquedo. O homem observa novamente o ursinho, com as mãos trêmulas. Convencido de que o urso pertencia à criança, ele comenta, gaguejando:
- Você quer o urso? Eu te dou ele, tudo bem? Mas, por favor, pare de me atormentar!!
Os olhos do homem atentos a qualquer possível movimento do garoto. Ele oferece o ursinho para a criança. O menino recolhe sua mão, rindo em deboche. Ele aumenta o tom da risada, gargalhando para o nada, enquanto levanta sua cabeça. O garoto exclama em alto tom:
[[- O urso será a última coisa que você vai ver!!|TerceiraOpcao]]O homem estremece. Ele olha para o urso em suas mãos e percebe que o brinquedo não está mais com um leve sorriso característico dos ursinhos de pelúcia, mas esboça uma expressão de tristeza. As linhas que contornam a boca do urso estão direcionadas para baixo. Poderia ser delírio do homem, já que ele estava tão atormentado que poderia estar imaginando coisas. Mas ele poderia jurar que o urso não possuía essa expressão antes.
O homem sente uma tontura súbita, como se sua mente estivesse dormente. Ele parece entrar em um estado de transe. Não conseguia pensar.
O garoto ainda estava em deleite com a situação, esbanjando sua gargalhada. Em uma inspiração rápida, a criança cessa a risada. Imediatamente faz surgir uma corda sabe-se lá de onde e a entrega para o homem.
[[- Você sabe o que fazer. - diz a criança em tom sério.]]
...
Passaram-se três dias. É uma manhã nublada. O tempo úmido e quente provoca uma sensação desconfortável na maior parte das pessoas. A vizinhança desperta curiosa, sentimento ligado às luzes azuis e vermelhas dos carros oficiais da polícia. O delegado desce de um dos carros, alisando sua barba, aparentemente nervoso por ser responsável por um caso incomum. Receoso, vai até o portão e aperta a campainha. Momentos depois, uma mulher abre a porta e segue até o portão, acompanhada de um menino, provavelmente seu filho.
- Com licença, dona Melissa, temos notícias sobre o desaparecimento do seu marido - diz o homem. O garoto abraça a cintura da mulher, que coloca a sua mão sobre a cabeça da criança. Ela estremece, ansiosa para saber quais são as notícias. É possível notar olheiras no rosto da mulher. Ela então abre o portão para o delegado enquanto comenta, tentando manter a calma:
[[- Ele está bem? Vocês encontraram ele? Entre, por favor.|Entra na casa]]O homem suspira. Aquela família eram seus vizinhos, o que tornava ainda mais dífícil contar o acontecimento.
- Vamos conversar lá dentro. Preciso que se sente, por favor. O que eu tenho para contar não vai ser nada agradável...
Os olhos da Sra. Mendez se encheram de lágrimas. O garoto entendia perfeitamente a situação, abraçando ainda mais forte a cintura de sua mãe. Os três seguem para dentro da casa. Após explicar a situação da maneira mais suave possível, o delegado fecha os olhos por um momento.
- Não é possível... Meu marido não faria algo assim, ele não tinha motivos para isso! - Melissa olha fixamente para a mesinha de centro, atônita. [[O delegado procura explicar melhor enquanto esfrega seus olhos com os dedos indicador e polegar.|Explicar]]- A depressão é uma doença silenciosa. Se analisarmos bem, o Sr. Mendez apresentava alguns indícios, como a senhora mesmo explicou para nós há três dias. Ele era um homem muito reservado, acho que era impossível sabermos o que se passava pela mente dele.
O filho de Melissa corre para o seu quarto. O garoto tem apenas 8 anos, mas consegue compreender os fatos. Isso não diminuía de maneira alguma seu sofrimento. Ele tranca a porta e põe-se a chorar, soluçando. O garoto consegue ouvir a conversa entre sua mãe e o delegado:
-... e havia um bilhete próximo ao local onde encontramos o corpo. Nele estava escrito "A expressão dele vai te fazer feliz". Precisamos saber exatamente quem é esse "ele", [[então se a senhora tiver qualquer informação que possa ajudar...|Informação]]- Chega, eu não aguento mais ouvir sobre isso! - Melissa interrompe a fala do delegado, levantando-se.
Os policiais continuam a investigação durante o dia inteiro, conversando com pessoas próximas ao homem e procurando mais pistas no local, mas não encontram nada relevante. Infelizmente parece ter sido mais um caso de suicídio. Ainda era necessário descobrir o que significava aquele bilhete. Alguns manuscritos do Sr. Mendez foram levados à delegacia para sua caligrafia ser analisada.
O bilhete parecia ter sido escrito desesperadamente.
<img src="https://i.imgur.com/2683mvT.png" alt="A expressão dele vai te fazer feliz" class="centro" />
[[Prosseguir com o delegado]]
[[Prosseguir com o garoto]]...
Os poucos parentes e amigos do Sr. Mendez visitam a casa da família para dar os pêsames. Já era quase noite, e ainda assim a quantidade de pessoas chegando na casa era alta. Melissa aparenta estar em estado de choque. Todo o estresse do velório, valores da funerária, acomodamento das visitas, sem excluir a tristeza da perda de seu marido, contribuíam para o estado emocional da mulher. Pedro podia ver como sua mãe estava exausta, e se propôs a preparar o café para as visitas.
O garoto serve o café em pequenas xícaras de vidro, colocando-as na mesa de centro da sala juntamente com o açúcar. Ele observa as pessoas da sua família e escuta algumas conversas.
[[- Alguém deve ter feito algo 'pra' ele ter se matado. Não tem como o Márcio simplesmente ter desistido de tudo.]]
[[- Isso só aconteceu porque ele não tinha Deus no coração...]]
[[- ...deve ter traído ele. Nunca confiei nessa mulher.]]Pedro presta atenção para reconhecer de quem é essa voz. Um senhor de meia idade, vestindo um terno, proferia essas palavras para uma mulher mais velha. "Devem ser do trabalho do pai", pensa o garoto. Pedro concorda com a frase do homem. Sabia que seu pai poderia ser um pouco explosivo e ofensivo com as palavras, mas não conseguia acreditar que alguém tenha o ameaçado de algo ou feito alguma coisa que tirasse a vontade de viver do seu pai.
Era frustrante. O garoto queria entender os motivos do suicídio, queria compreender o porquê de tudo, mas não tinha nada que pudesse fazer.[[Não agora.|Depois]]
Pedro vira-se na direção da voz. A pessoa continuou a falar sobre como o seu pai não ia à igreja e não era um homem religioso. Pedro discordou. "Como esses vizinhos podem falar isso sem se olharem no espelho?" o garoto pensou. O vizinho que comentou isso era conhecido por maus tratos com animais do bairro. Além disso, Pedro entendia o que era a depressão. Não tinha nenhuma relação com qualquer crença ou religião, era uma doença. O menino sentiu uma pequena raiva dentro de si, mas guardou-a para si mesmo. Não valia a pena discutir.
Mesmo sabendo disso, no fundo o garoto ainda pensava que alguém poderia ter feito algum mal ao seu pai. Talvez não fisicamente, porém psicologicamente, o que poderia ter agravado a depressão e o levado ao triste fim, Pedro imaginou, tentando justificar seu pensamento emocional com o lógico. [[O garoto suspira e retorna à sua mãe para prestar mais ajuda.|Depois]]Pedro reconhece a voz da sua avó, mãe de seu pai. Era desumana a maneira como a senhora falava sobre a morte do próprio filho, tentando justificar, colocar a culpa em alguém, sem ao menos demonstrar alguma tristeza. O menino lembrou das coisas que seu pai falava sobre a avó. O seu pai tentava conversar da maneira mais suave possível, mas o garoto entendia as coisas que a sua avó fez. A mulher não se importava com o filho. Queria usá-lo como escravo mesmo após adulto, com a justificativa de ser a mãe e exigir respeito.
O garoto sentiu uma mistura de frustração, raiva e tristeza. Não conseguia entender como uma mãe não ficaria abalada diante da morte do próprio filho. E o pior, colocando a culpa na sua mãe, que estava visivelmente exausta e dando tudo de si para acomodar os parentes e amigos. Pedro preferiu não contar isso para sua mãe. [[Ao invés disso, voltou à cozinha para ajudá-la com as tarefas.|Depois]]Por volta das nove horas da noite ia embora a última visita. A Sra. Mendez chama o seu filho para uma conversa. De fato, os dois não haviam conversado sobre o falecimento do pai a sós. Melissa tenta acalmar o seu filho com frases acolhedoras como "ele está em um lugar melhor". Seu sentimento não era menor que o do filho, a mesma frustração acometia os dois, assim como a tristeza e certa raiva pela incompreensão da parte dos parentes e amigos. O garoto sentiu-se um pouco mais conformado após a conversa. Ainda era uma criança, e ouvir palavras reconfortantes da sua mãe o deixava menos triste.
Melissa procura desviar de assunto para tentar deixar seu filho alegre, perguntando se desejam jantar em algum restaurante. O garoto, porém, não consegue disfarçar seu desânimo. Ele entendia que a intenção de sua mãe era agradá-lo, mas não queria simplesmente esquecer do infortúnio e tentar descontrair. Mãe e filho então preparam o jantar juntos. O silêncio era desconfortável, mas compreensível por ambas as partes. [[Durante o jantar, algo lá fora chama a atenção.]]
<<set $cozinha = false>><<set $quartoEsposa = false>><<set $quartoFilha = false>>A sala está vazia, mas a televisão está ligada porém sem volume. Há brinquedos espalhados no tapete da sala. Arthur nota o celular da sua esposa na mesa de centro.
[[Procurar na cozinha]]
[[Procurar no quarto do casal]]
[[Procurar no quarto da filha]]
Arthur vai até a cozinha. Ele consegue ver as luzes acesas, porém não há ninguém lá. Uma xícara cheia de café frio está em cima da bancada. Talvez alguma emergência tenha acontecido e a sua esposa precisou sair imediatamente.
<<set $cozinha to true>>
<<if $quartoFilha is false and $quartoEsposa is false>>
[[Procurar no quarto do casal]]
[[Procurar no quarto da filha]]
<<elseif $quartoFilha is false and $quartoEsposa is true>>
[[Procurar no quarto da filha]]
<<elseif $quartoFilha is true and $quartoEsposa is false>>
[[Procurar no quarto do casal]]
<<else>>
O último lugar da casa em que o delegado não tinha conferido era o banheiro. Sua esposa poderia estar dando banho na menina, [[então Arthur anda até a porta do banheiro.|Banheiro]] <</if>><<set $quartoFilha to true>>
O homem anda até o segundo andar onde fica o quarto da sua filha. As luzes estão apagadas, mas ele decide ligá-las para conferir se a menina está dormindo. Não há ninguém no quarto a não ser ele mesmo.
<<if $cozinha is false and $quartoEsposa is false>>
[[Procurar na cozinha]]
[[Procurar no quarto do casal]]
<<elseif $cozinha is false and $quartoEsposa is true>>
[[Procurar na cozinha]]
<<elseif $cozinha is true and $quartoEsposa is false>>
[[Procurar no quarto do casal]]
<<else>>
O último lugar da casa em que o delegado não tinha conferido era o banheiro. Sua esposa poderia estar dando banho na menina, [[então Arthur anda até a porta do banheiro.|Banheiro]] <</if>>Arthur vai até a frente do banheiro e observa uma poça d'água se formando por baixo da porta. Ele tinha certeza de que não estava assim quando ele passou pelo corredor há poucos minutos. Imediatamente o delegado abre a porta e percebe a banheira transbordando, mas não há ninguém ali, pelo menos não visível. Existe apenas um urso de pelúcia pairando sobre a água. O delegado aproxima-se da banheira rapidamente, pois temia encontrar o corpo da sua filha lá dentro. Ele imerge seu braço na água sem nem mesmo olhar, mas felizmente não há nada a não ser a própria água. Arthur então direciona sua atenção ao urso, que agora tinha sido jogado ao chão. Ele segura o ursinho e percebe um pedaço de papel - assustadoramente seco - colado ao corpo do brinquedo.
<img src="https://i.imgur.com/2iVMf11.png" alt="Sorria! Fomos dar um passeio no inferno" class="centro" />
[[Arthur se assusta e saca sua arma, virando-se para vários lados e procurando algum alvo.|saca a arma]]<<set $quartoEsposa to true>>
Ele vai até o seu próprio quarto para verificar se sua família está lá. Há uma toalha molhada em cima da cama. O delegado estranha, pois sabia que sua esposa nunca deixaria uma toalha molhada ali. Alguma coisa está errada.
<<if $cozinha is false and $quartoFilha is false>>
[[Procurar na cozinha]]
[[Procurar no quarto da filha]]
<<elseif $cozinha is false and $quartoFilha is true>>
[[Procurar na cozinha]]
<<elseif $cozinha is true and $quartoFilha is false>>
[[Procurar no quarto da filha]]
<<else>>
O último lugar da casa em que o delegado não tinha conferido era o banheiro. Sua esposa poderia estar dando banho na menina, [[então Arthur anda até a porta do banheiro.|Banheiro]] <</if>>- Quem está ai?! - o homem grita. Arthur sente um mau pressentimento. Quem teria escrito esse bilhete? O que essa pessoa poderia ter feito com sua esposa e filha? Elas foram sequestradas? Todas essas perguntas formavam uma nuvem de dúvidas na mente do delegado. Seu medo não o deixou perceber a relação do bilhete com o do Sr. Mendez. A pessoa que escreveu esse bilhete ainda poderia estar na casa, então ele se escora na parede do banheiro, prestando atenção em qualquer barulho suspeito na casa. Porém o único barulho suspeito veio do próprio banheiro. O som de água o faz virar-se imediatamente.
Da banheira emerge uma pessoa. Cabelos pretos e longos, não é possível ver os olhos. [[Tem o tamanho de uma criança.|Emerge]]Arthur aponta a arma para aquela pessoa (ou o que quer que seja aquilo), assustado.
- QUEM É VOCÊ??
Uma risada infantil ecoa pelas paredes do banheiro. Antes que pudesse atirar, não havia mais ninguém na banheira. Havia simplesmente desaparecido, assim como o urso de pelúcia e o bilhete. O delegado pensa que está delirando pelo medo. Suas pernas perdem as forças e ele cai sentado no chão. Coloca as mãos na cabeça, trêmulo. Ele respira fundo, tentando manter a calma. Ainda precisava saber onde estavam sua esposa e filha. Arthur se levanta vagarosamente, apoiando-se na parede. Imaginou que sua família poderia estar na casa de algum vizinho, [[então anda em direção à saída da casa.]]Arthur desce rapidamente as escadas, indo em direção à porta principal da casa. Ao abrir a porta, ele grita em desespero.
O corpo de sua esposa suspenso, preso à viga de madeira do telhado, balançava como se tivesse sido colocado lá há poucos segundos. A corda em seu pescoço suja e desfiando. A expressão mórbida em seu rosto contrastava com a expressão apavorante e viva do delegado, que, novamente, cai no chão. Dessa vez de joelhos. Ele grita uma sequência de "nãos" cada vez mais alto. A parte ainda lúcida de sua mente desejava encontrar sua filha. Arthur se arrasta até conseguir olhar para fora da casa, para os lados da varanda, e encontra a sua menina presa à parede por inúmeros pregos grandes e enferrujados, que penetravam a carne da pobre criança. [[Uma enorme mancha de sangue coloria a madeira branca da casa.]]Alguns poucos vizinhos saíram de suas casas para conferir o motivo dos gritos, se deparando com os dois cadáveres na casa do delegado, inclusive a Sra. Mendez que cobria os olhos do seu filho com a mão. O garoto fica sem entender o que está acontecendo, puxando a mão de sua mãe e questionando-a. Arthur está de joelhos, chorando desesperadamente, com a arma na sua mão. Os vizinhos, assustados, ligam para a polícia de imediato. Arthur aponta a arma para a própria cabeça e grita:
- EU VOU TE BUSCAR NO INFERNO, SEU DESGRAÇADO!! - e dispara. O som súbito e alto do disparo gera gritos na vizinhança. Alguns vizinhos que observavam retornam às suas casas, tomados pelo terror. Melissa abraça o seu filho por impulso. Algumas pessoas começam a conversar com a Sra. Mendez, perguntando se ela sabe de alguma coisa. A mulher então cessa o abraço com seu filho e tira a mão dos olhos dele, passando a dar atenção para os vizinhos. O garoto ainda não tinha altura suficiente para ver por cima do muro, então Melissa não se importou em soltá-lo. [[Pedro procura algo para fixar o olhar, sem saber se espia a casa ao lado por cima do muro ou observa a expressão perplexa dos vizinhos.|olhar a janela]]Uma voz familiar gritava vários "nãos" seguidos, em desespero. Era o delegado Arthur. Melissa e Pedro observam pela janela vários vizinhos olhando para a casa do delegado, então saem para ver o que estava acontecendo. Pedro permanece logo ao lado da mãe.
A cena era chocante.
A esposa de Arthur enforcada com uma corda presa à viga de madeira da varanda e a sua filha pregada na parede com inúmeros pregos perfurando sua carne. O delegado na frente da porta, ajoelhado, pranteando em angústia. Era horrível.
Melissa estava aterrorizada. [[Ela cobre os olhos do seu filho com a mão direita.]]O garoto fica sem entender o que está acontecendo, puxando a mão de sua mãe e questionando-a.
Arthur está de joelhos, chorando desesperadamente, com a arma na sua mão. Os vizinhos, assustados, ligam para a polícia de imediato. Arthur aponta a arma para a própria cabeça e grita:
- EU VOU TE BUSCAR NO INFERNO, SEU DESGRAÇADO!! - e dispara. O som súbito e alto do disparo gera gritos na vizinhança. Alguns vizinhos que observavam retornam às suas casas, tomados pelo terror. Melissa abraça o seu filho por impulso. Algumas pessoas começam a conversar com a Sra. Mendez, perguntando se ela sabe de alguma coisa. A mulher então cessa o abraço com seu filho e tira a mão dos olhos dele, passando a dar atenção para os vizinhos. O garoto ainda não tinha altura suficiente para ver por cima do muro, então Melissa não se importou em soltá-lo. [[Pedro procura algo para fixar o olhar, sem saber se espia a casa ao lado por cima do muro ou observa a expressão perplexa dos vizinhos.|olhar a janela]]
O garoto vira o olhar para o segundo andar da casa do delegado e percebe alguém na janela. Essa pessoa joga algo de lá, que cai no pátio de Pedro. O garoto corre até as laterais da casa sem sua mãe perceber. Há um ursinho de pelúcia jogado no chão. O ursinho parecia novo, estava limpo e brilhante, o que chamou a atenção do garoto. Quem estava na casa? E por que jogou um brinquedo no seu pátio? Ele deveria aceitar coisas de estranhos? O que sua mãe iria falar quando o visse com um brinquedo novo? Essas perguntas o deixaram com receio de pegar o urso, mas ele era tão bonito e felpudo que o garoto não resistiu.
Pedro segura o ursinho com as duas mãos e o aperta. Era macio e tinha uma qualidade muito boa. A criança gostou muito do birnquedo. Ele volta para a frente de casa, onde sua mãe estava conversando com as pessoas. Melissa vê o garoto com o ursinho, mas não percebe que não era um dos brinquedos do filho. [[Seu estado psicológico não estava nada bom naquele momento.]]Pedro precisava de algo para desviar a atenção do que estava acontecendo, e o urso misterioso serviu perfeitamente. Talvez por estar abalado psicologicamente, o ursinho serviu como escape da sua tristeza, como se ele tivesse ganhado um amigo.
O garoto abraça o urso. A sensação macia era muito agradável, e o garoto fechou os olhos para aproveitá-la melhor. Ele sabia que parecia um pouco infantil demais para sua idade, mas estava se sentindo muito bem com o brinquedo. Ele pega o urso e o levanta. Pedro fala sozinho:
- Você vai se chamar Molo, e vai ser meu melhor amigo!
O garoto volta a abraçar o urso, dessa vez ainda mais forte, como se estivesse abraçando uma pessoa especial. Uma representação de seu pai, talvez. [[O urso, pelas costas do garoto, esboça um leve sorriso...]]!!Capítulo 2: Pistas
<img src="https://i.imgur.com/jo29yyB.png" alt="Desenho de Cemitério" class="centro" />
É uma manhã nublada. O tempo remetia ao dia em que Pedro recebeu a trágica notícia sobre o seu pai. Era difícil para o garoto lembrar de tudo o que aconteceu há cinco anos, mesmo sendo um acontecimento marcante na sua vida. Provavelmente sua mente preferiu esconder o trauma da perda em algum lugar sombrio e pouco explorado da sua memória. Desde aquele dia o garoto se tornou uma criança fria e pouco sociável.
Este também foi o dia em que o delegado Arthur tirou a própria vida na frente de várias pessoas, além de sua esposa e filha terem aparecido mortas. A pacata cidade de Cerranilla nunca havia sido palco de uma cena tão chocante.
Assim como o filho, Melissa também se tornou uma mulher pouco sociável. O seu marido era sua primeira paixão, seu primeiro relacionamento amoroso. Era a única pessoa que Melissa confiava plenamente até o nascimento de Pedro. Para Melissa, o seu filho era a parte viva de seu falecido esposo Erick no mundo, [[e ela faria qualquer coisa para protegê-lo.]]Pedro e Melissa estão em frente ao túmulo de Márcio Mendez. A mulher carrega flores, o menino leva seu ursinho Molo debaixo do braço. O garoto agora tem 13 anos, mas é muito apegado ao brinquedo. Esse fato o faz parecer infantil, sendo motivo de piada para os colegas na escola. Pedro tenta não levar a sério a maneira como é tratado pelos colegas, já que, segundo ele, eles são assim com todas as crianças. Ele sabe que não deveria se importar, mas, no fundo, isso o deixa triste. De fato, a maneira hostil como ele é tratado pelos colegas o faz se apegar ainda mais ao urso Molo. O garoto deu ao brinquedo uma personalidade, tratando-o como uma pessoa, um amigo.
Mãe e filho se ajoelham em frente ao túmulo para fazer uma oração. Eles reforçam que a tragédia foi vontade do Destino, que não seria possível conter a força da Natureza. Essa dualidade é a divindade adorada pelos habitantes de Laufenia, um país relativamente novo, terra natal da família Mendez. [[Pedro deseja que a alma de seu pai esteja descansando em paz.]]Após a oração, o menino olha para sua mãe e pergunta:
- Mãe, eu sei que eu era muito novo na época, e não consigo me lembrar direito do que aconteceu... Por que você não me explica o que aconteceu de verdade?
A mulher, com os olhos úmidos, explica ao garoto:
- Querido, eu já te expliquei o que houve. Seu pai estava se sentindo muito vazio por causa de uma doença e isso tomou conta da cabeça dele. Ele perdeu a vontade de viver.
Pedro se sentiu frustrado. Sua mãe só falava sobre a depressão, nunca comentava como o seu pai se suicidou, nem falava sobre os vizinhos que também morreram de maneira semelhante. O garoto não conseguia se lembrar exatamente, por isso queria detalhes, mesmo que fossem pesados para uma criança lidar.
[[Insistir por detalhes]]
[[Desistir]]Pedro não se conforma com a falta de informações. Ele queria saber mais, tentar encontrar algum meio de saber detalhes. Era seu pai, ele não poderia simplesmente deixar de lado só porque os adultos o achavam muito novo para saber detalhes sobre uma morte. O menino insiste:
- Mas mãe, você não precisa ficar escondendo isso de mim, ele era meu pai, eu tenho direito de saber! Eu quero saber como ele foi encontrado, como exatamente ele se suicidou, se ele deixou alguma carta... Não precisa tentar amenizar só porque você acha que eu ainda sou novo demais!
- Já chega, Pedro. Por que você simplesmente não espera? Com o tempo tudo vai ser explicado, você não precisa saber sobre isso agora, não quero fazer você passar por isso.
Melissa exclama para o garoto, incomodada. Ela preferia que o garoto não soubesse muitos detalhes agora, pois poderia prejudicá-lo no aprendizado escolar. Era melhor que ele apenas continuasse lidando com isso da maneira que ele já faz. Pedro, frustrado, cerra os punhos.
[[Andar pelo cemitério]]
[[Ler a lápide]] O garoto preferiu não insistir no assunto, pois não queria incomodar sua mãe. Porém esse assunto não saiu da sua mente. Ele queria saber mais, tentar encontrar algum meio de saber detalhes. Era seu pai, ele não poderia simplesmente deixar de lado só porque os adultos o achavam muito novo para saber detalhes sobre uma morte. Mas se sua mãe não queria lhe contar, ele teria que encontrar outra fonte de informações.
[[Andar pelo cemitério]]
[[Ler a lápide]]Pedro não gostava de visitar o cemitério, apenas o fazia a mando de sua mãe. Para ele, ela demorava demais nas visitas, e ele não queria ficar muito tempo sem fazer nada. Procurando algo para passar o tempo, decide andar pelo cemitério e observar as lápides de outras pessoas. Talvez alguém que um dia fora famoso estivesse ali sob seus pés. Pedro soprou pelo nariz um riso nervoso ao perceber que o seu pensamento era um pouco macabro.
Um pouco à direita da lápide de seu pai, o garoto achou algo curioso. Havia um gato adormecido próximo a outra lápide. Pedro se aproxima dessa lápide, curioso sobre quem jazia ali, e observa a foto de uma mulher com um filhote de gato no colo. Segundo a lápide, ela havia falecido há aproximadamente um ano. O menino percebe que o felino despertou e o compara com a foto. Parecia ser o mesmo gato, e também estava com a mesma expressão da foto. Expressão... É isso, "expressão"! O garoto abre os olhos por lembrar-se de um detalhe importante daquele dia: o bilhete que seu pai carregava. Mas era impossível se lembrar completamente da frase do bilhete, já que ele apenas ouviu o delegado comentar com sua mãe enquanto o garoto estava em seu quarto. O garoto murmura:
- Qual era mesmo a frase do bilhete...?
[["A expressão dele vai te fazer feliz"|ExpressaoCorreta]]
[["A expressão dele vai te aterrorizar"|ExressaoErrada]]Pedro não gostava de visitar o cemitério, apenas o fazia a mando de sua mãe. Para ele, ela demorava demais nas visitas, e ele não queria ficar muito tempo sem fazer nada. Procurando algo para passar o tempo, o menino direciona seu olhar para a lápide. Feita de basalto, era preta e refletiva. "Combina com os ternos do pai", o menino pensou. "Aqui jaz Márcio Mendez. Um homem justo, interrompido pelo Destino", a frase que o garoto já conhecia escrita na lápide. O garoto já tinha visitado o túmulo várias vezes, mas sempre observava com atenção a frase e a foto do seu pai. O menino sempre pensava como era interessante a expressão do epitáfio, já que o "destino" poderia significar tanto o deus da sua crença quanto o que ele representa - o próprio fato de o tempo estar predefinido por uma força maior.
A expressão escrita no epitáfio... É isso, "expressão"! O garoto abre os olhos por lembrar-se de um detalhe importante daquele dia: o bilhete que seu pai carregava. Mas era impossível se lembrar completamente da frase do bilhete, já que ele apenas ouviu o delegado comentar com sua mãe enquanto o garoto estava em seu quarto. O garoto murmura:
- Qual era mesmo a frase do bilhete...?
[["A expressão dele vai te fazer feliz"|ExpressaoCorreta]]
[["A expressão dele vai te aterrorizar"|ExressaoErrada]]<<set $fraseestacerta to true>>A memória de Pedro sobre aquele dia parece ter sido completamente liberada quando ele finalmente lembrou-se que a frase no bilhete era "A expressão dele vai te fazer feliz". Mesmo que seja uma pista mínima, era a única coisa que ele tinha para saber mais detalhes sobre a morte do seu pai. Quem sabe os investigadores encontraram a quem esse bilhete se referia, mas a polícia não iria passar informações para uma criança desacompanhada. Talvez ele teria uma chance se contasse aos policiais sobre o bilhete. Como ele sabe a frase exata, os policiais talvez contem o que sabem, esperando que o garoto também saiba de algo.
Melissa diz para Pedro que está na hora de voltar para casa. O menino acompanha sua mãe, [[já imaginando como fará para ir à delegacia sozinho.]]
<<set $fraseestacerta to false>>Pedro acredita que a frase no bilhete era "A expressão dele vai te aterrorizar". Mesmo que seja uma pista mínima, era a única coisa que ele tinha para saber mais detalhes sobre a morte do seu pai. Quem sabe os investigadores encontraram a quem esse bilhete se referia, mas a polícia não iria passar informações para uma criança desacompanhada. Talvez ele teria uma chance se dissesse aos policiais que ele sabe sobre o bilhete e qual frase estava escrita.
Melissa diz para o garoto que está na hora de voltar para casa. O menino acompanha sua mãe, [[já imaginando como fará para ir à delegacia sozinho.]]
...<<set $biblioteca to false>><<set $delegacia to false>><<set $vizinhos to false>><<set $temchave to false>>
A noite já caía sobre a vila de Cerranilla. Pedro, ansioso para investigar a fundo os acontecimentos de cinco anos atrás, faz anotações em seu caderno de tudo que consegue se lembrar. Ele reconhecia que poderia ser uma investigação em vão, mas era importante para ele saber mais detalhes. Afinal, o homem que faleceu era seu pai.
O garoto imagina em quais lugares deveria buscar informações primeiro. Seria interessante visitar a biblioteca e procurar pelos jornais, mas na delegacia ele poderia encontrar informações mais precisas, porém correndo um risco maior. Outra alternativa seria conversar com os vizinhos, mas muitos já haviam se mudado logo após as tragédias.
[[Comparecer à biblioteca]]
[[Ir à delegacia]]
[[Visitar os vizinhos]]<<set $biblioteca to true>>No dia seguinte, Pedro vai à biblioteca sem muitos problemas. Sua mãe já estava acostumada com suas saidas a este local, além disso não era muito longe de sua casa. O garoto entra no prédio antigo e cumprimenta o velho Astolfo, um senhor que cuida da biblioteca desde sua inauguração.
- Oi, Astolfo! O que está vendo hoje aí no computador hoje? Receitas de novo?
O senhor se assusta levemente com a presença do garoto, e, nervoso, o responde:
- O quê? É, é isso mesmo, receita de bolo, bolo de milho. Menino, você podia ter batido no balcão antes de falar alto assim!
O garoto ri. Ele sabia que o velho provavelmente estava vendo desenhos. Astolfo era uma das únicas pessoas que Pedro podia chamar de amigo. O senhor sempre indicava ótimos livros, e o garoto adorava lê-los. Pedro pensa se deveria pedir diretamente para ir à sala dos jornais e arquivos ou se pedia uma troca de favores. Sabia que Astolfo iria estranhar um pedido direto, e Pedro preferia prosseguir sua investigação sem interferências.
[[Pedir diretamente]]
[[Pedir troca de favores]]<<set $delegacia to true>><<if $biblioteca is false and $vizinhos is false>>Pedro preferiu começar pela escolha arriscada: conversar com policiais para tentar fazê-los contar alguma coisa.<<else>>Pedro decidiu continuar a investigação indo à polícia.<</if>> Seria arriscado simplesmente pedir informações, por isso o garoto decidiu que iria contar a eles sobre o bilhete. Se ele estivesse certo sobre a mensagem no bilhete, os policiais poderiam confiar nele.
Pedro inventa alguma mentira para sua mãe, e então [[sai de bicicleta para ir até à delegacia da cidade.|Vai delegacia]]<<set $vizinhos to true>>No dia seguinte, Pedro diz para a sua mãe que precisa fazer um trabalho de pesquisa, e que para isso gostaria de visitar os vizinhos. Como Melissa conhecia todos os vizinhos, não viu problemas em deixar o garoto sair, desde que não fosse muito longe na rua. Pedro sai com seu caderno e lápis, preparado para fazer anotações.<<set $casadireita to false>><<set $casaesquerda to false>><<set $casafrente to false>>
[[Visitar a casa à direita]]
[[Visitar a casa à esquerda]]
[[Visitar a casa da frente]]O menino pede:
- Olha, será que o senhor poderia me mostrar onde fica a parte dos jornais? Preciso fazer um trabalho para a escola.
- Precisa mesmo? Nenhum de seus colegas veio aqui para fazer esse trabalho - Astolfo lança um olhar desconfiado. O senhor parecia receoso em deixar Pedro ver a tal sala de jornais.
- Bom, é que o trabalho não é pra essa semana, mas eu quero deixar adiantado...
O garoto tenta disfarçar com uma mentira, mas não era bom com isso. Astolfo o responde com um sorriso:
- Só me dizer qual tipo de notícia você quer ver que eu busco para você. Seria difícil você achar alguma coisa, já que eu organizo por importância pessoal, não por data.
Pedro imediatamente perdeu as esperanças. Ele dá um suspiro triste.
[[Dizer a verdade]]
[[Pedir um jornal qualquer]]Dando prioridade à sua discrição, Pedro prefere oferecer uma troca de favores para Astolfo a fim de conseguir entrar na sala de jornais e fazer sua própria busca. O menino se aproxima do balcão e comenta com o bibliotecário:
- Astolfo, eu gostaria de te fazer uma proposta.
- Desculpe, garoto, eu sei que você vem sempre aqui, mas eu já te disse que não posso te dar nenhum livro! - O senhor responde Pedro cruzando os braços. O menino insiste, dando mais detalhes da sua proposta:
- Aah, por favor! Eu vou limpar todo o chão da biblioteca e só peço um único livrinho! - Pedro gesticula com a mão enquanto fala. Astolfo demora um pouco para responder, pensando nas vantagens, e finalmente aceita.
- Está bem, pode começar agora. Mas é só um único livro, e eu não vou te dar os raros!
[[Pedro sorri, vendo sucesso no seu plano.]]- Perdão, Astolfo, eu menti. Não é para um trabalho da escola. Eu queria saber se publicaram sobre a morte do meu pai, porque eu não me lembro muito bem e fiquei curioso.
O velho levanta uma sobrancelha.
- Mentir não é certo, menino. Mas você reconheceu isso e disse a verdade. Vou levar isso em consideração e ver se acho alguma coisa. Eu também menti sobre a minha organização, então estamos quites ou alguma coisa assim... - Astolfo levanta-se da cadeira lentamente e dirige-se para o fundo da biblioteca, em meio as estantes. Pedro sorri e agradece.
Após alguns minutos, o bibliotecário surge entre as estantes de mãos vazias.
- Desculpe, não achei nada sobre a morte do seu pai. Mas alguém doou um livro muito bom sobre lendas, quer dar uma olhada? - O velho senhor parecia animado em mostrar esse livro para o menino, mas Pedro não queria perder o foco. O menino recusou e em seguida saiu da biblioteca em direção à sua casa. No caminho, o menino para de andar subitamente ao perceber um detalhe importante.
[[- Eu nunca falei com o Astolfo sobre a morte do meu pai... |Voltando pra casa]]O garoto estranhou o fato do bibliotecário ter dito que não encontrou nada sobre o seu pai, mas Pedro nunca havia comentado com Astolfo sobre as circunstâncias da morte do seu pai, nem mesmo tinha dito seu nome. Pedro imaginou que alguém tivesse contado, e ele associou as pessoas. É uma cidade pequena, as notícias se espalham rápido. Quem sabe o velho apenas não queria contar sobre esse assunto para uma criança.
O garoto estava desapontado, mas não tinha perdido as esperanças.<<if $delegacia is false and $vizinhos is false>> Ele poderia ir à delegacia ou conversar com os vizinhos. Alguém iria lhe contar mais do que apenas "ele se suicidou".<<elseif $delegacia is true and $vizinhos is false>> Ele ainda poderia ir conversar com os vizinhos. Alguém iria lhe contar mais do que apenas "ele se suicidou".<<elseif $delegacia is false and $vizinhos is true>> Ele ainda poderia ir à delegacia. Alguém iria lhe contar mais do que apenas "ele se suicidou".<<else if $delegacia is true and $vizinhos is true>> Ele conhecia uma pessoa que poderia lhe ajudar.<</if>>
Pedro se apressa para chegar em casa logo, pois o céu estava escurecendo de nuvens pesadas. Ao chegar em casa, o garoto deita-se em sua cama e abraça o seu ursinho Molo. "Eu não entendo por que minha mãe sempre troca o ursinho de lugar quando eu saio", pensou o menino. O ursinho nunca ficava no lugar onde ele deixava. Desta vez estava na sua cama, mas ele havia o deixado na escrivaninha.
- Acho que ela faz isso para ele não pegar poeira fácil. - Pedro disse para si mesmo. O menino levanta o urso com ambas as mãos, observando-o.
- A gente vai saber o que aconteceu com o papai, né, Molo? - diz o garoto, [[logo em seguida abraçando o brinquedo novamente.]]- Eu preciso de um exemplo de crônica, é um trabalho de português. Seria melhor o senhor só me dar um jornal e eu buscar, já que o trabalho é basicamente identificar uma crônica.
- Nesse caso pode ser o jornal de hoje mesmo. Estou com preguiça de levantar também. Pode pegar este daqui, mas não é pra recortar nada! - Astolfo oferece um jornal que estava no balcão, e que ele provavelmente estava lendo há pouco tempo.
Pedro aceita o jornal, só para disfarçar.
- Eu te devolvo ele amanhã mesmo. - diz o garoto, claramente desapontado. Pedro esboça um sorriso forçado. Pedir diretamente não funcionou, mas ele ainda poderia tentar oferecer uma troca de favores, como limpar a biblioteca, para se aproximar da sala dos jornais.
[[Oferecer troca de favores]]
[[Desistir e voltar para casa]]- Astolfo, eu gostaria de te fazer uma proposta - diz Pedro, se aproximando mais do balcão.
- Desculpe, garoto, eu sei que você vem sempre aqui, mas eu já te disse que não posso te dar nenhum livro! - O senhor responde Pedro cruzando os braços. O menino insiste, dando mais detalhes da sua proposta:
- Aah, por favor! Eu vou limpar todo o chão da biblioteca e só peço um único livrinho! - Pedro gesticula com a mão enquanto fala. Astolfo demora um pouco para responder, pensando nas vantagens, e finalmente aceita.
- Está bem, pode começar agora. Mas é só um único livro, e eu não vou te dar os raros!
[[Pedro sorri, vendo sucesso no seu plano.]]O menino desiste de procurar jornais ou documentos que pudessem ter informações sobre aquele dia. Pedro toma o caminho de volta para sua casa, desapontado, mas não tinha perdido as esperanças.<<if $delegacia is false and $vizinhos is false>> Ele poderia ir à delegacia ou conversar com os vizinhos. Alguém iria lhe contar mais do que apenas "ele se suicidou".<<elseif $delegacia is true and $vizinhos is false>> Ele ainda poderia ir conversar com os vizinhos. Alguém iria lhe contar mais do que apenas "ele se suicidou".<<elseif $delegacia is false and $vizinhos is true>> Ele ainda poderia ir à delegacia. Alguém iria lhe contar mais do que apenas "ele se suicidou".<<else if $delegacia is true and $vizinhos is true>> Ele conhecia uma pessoa que poderia lhe ajudar.<</if>>
O garoto se apressa para chegar em casa logo, pois o céu estava escurecendo de nuvens pesadas. Ao chegar em casa, o garoto deita-se em sua cama e abraça o seu ursinho Molo. "Eu não entendo por que minha mãe sempre troca o ursinho de lugar quando eu saio", pensou o menino. O ursinho nunca ficava no lugar onde ele deixava. Desta vez estava na sua cama, mas ele havia o deixado na escrivaninha.
- Acho que ela faz isso para ele não pegar poeira fácil. - Pedro disse para si mesmo. O menino levanta o urso com ambas as mãos, observando-o.
- A gente vai saber o que aconteceu com o papai, né, Molo? - diz o garoto, [[logo em seguida abraçando o brinquedo novamente.]]<<set $temchave to true>>O garoto imediatamente vai até a sala de funcionários da biblioteca, pega o material de limpeza e começa a esfregar o chão com uma vassoura e um pano. Pedro começa justamente no corredor que termina na sala de jornais e documentos. Ao notar que o bibliotecário está distraído no computador, volta para a sala de funcionários e procura a chave para a sua sala desejada. Ele volta ao corredor, limpando o chão até chegar na porta, e a abre, encontrando muitas gavetas. Rapidamente se põe a procurar por alguma identificação como ano ou mês. Ao encontrar uma seção com o ano do falecimento do seu pai, observa etiquetas com nomes de meses nas gavetas. Ansioso, o garoto procura nas gavetas, murmurando:
- Deixa eu ver... fevereiro, março... Aqui, dia seis. Que estranho, só tem uma chave aqui! - Pedro exclama, [[retirando a chave da pasta.]]Um barulho na porta o assusta, então o garoto joga a pasta de volta na gaveta, mas antes colocando a chave no seu bolso, e volta a varrer o chão. O velho Astolfo pergunta, bravo:
- Ei, o que está fazendo aqui??
- Varrendo o chão...?
O bibliotecário, claramente bravo, expulsa Pedro da sala:
- Não é para entrar aqui, esses documentos só podem ser vistos com minha supervisão! Menino, se você mexeu nas gavetas eu juro que não vou te dar mais livro nenhum! - Astolfo cerra os punhos. Pedro sai da sala, rindo baixinho. [[Após terminar o serviço, o garoto volta para casa.]]Pedro apressa-se, pois o céu estava escurecendo de nuvens pesadas. Ao chegar em casa, o garoto deita-se em sua cama e abraça o seu ursinho Molo. "Eu não entendo por que minha mãe sempre troca o ursinho de lugar quando eu saio", pensou o menino. O ursinho nunca ficava no lugar onde ele deixava. Desta vez estava na sua cama, mas ele havia o deixado na escrivaninha.
- Acho que ela faz isso para ele não pegar poeira fácil. - Pedro disse para si mesmo. O menino levanta o urso com ambas as mãos, observando-o.
- A gente vai saber o que aconteceu com o papai, né, Molo? - diz o garoto, [[logo em seguida abraçando o brinquedo novamente. |com chave]]
A chuva começa a cair já forte pouco tempo após o garoto chegar em casa. Pedro suspira, pois gostaria de sair naquele instante para continuar sua investigação. Sua mãe o chama para o lanche, e o garoto deixa o urso na escrivaninha.
Antes de passar pela porta do quarto, o menino se assuta pelo estrondo de um trovão extremamente alto, como se um raio tivesse caído há poucos metros da sua casa. O clarão do raio projeta uma sombra em seu quarto. Uma sombra de forma humana, bem ao lado de sua cama. A sombra permaneceu enquanto durou o clarão e desapareceu logo em seguida.
Pedro olha rapidamente para sua escrivaninha, como se quisesse verificar se o urso está bem.
[[Pegar o urso.]]
[[Sair do quarto.]]Depois de um breve cochilo, o menino levanta-se em um salto ao lembrar-se da chave que havia pego na biblioteca. Ele vai até a escrivaninha, em frente à janela do seu quarto, e retira a chave do bolso para observá-la melhor.
É uma chave antiga, cinza e com formatos arredondados na sua construção. Alguns relevos de linhas curvas que se cruzavam, lembrando o estilo de arte gótica. A ponta da chave era diferente das chaves antigas comuns. Tinha encaixes tanto na parte de cima quanto na de baixo, lembrando um pouco as pontas de chaves modernas.
Pedro imagina lugares na cidade onde essa chave poderia se encaixar. Alguma mansão antiga, lápide do cemitério, qualquer coisa que combinasse com a decoração da chave, [[mas não consegue se lembrar de nenhum local compatível.]]A chuva começa a cair já forte pouco tempo após o garoto analisar a chave. Pedro suspira, pois gostaria de sair naquele instante para procurar casas ou construções que combinassem com o estilo da chave. Sua mãe o chama para o lanche, e o garoto deixa a chave na escrivaninha, em frente ao urso.
Antes de passar pela porta do quarto, o menino se assuta pelo estrondo de um trovão extremamente alto, como se um raio tivesse caído há poucos metros da sua casa. O clarão do raio projeta uma sombra em seu quarto. Uma sombra de forma humana, bem ao lado de sua cama. A sombra permaneceu enquanto durou o clarão e desapareceu logo em seguida.
Pedro olha rapidamente para sua escrivaninha e percebe que a chave havia caído no chão.
[[Pegar a chave.]]
[[Pegar o urso.]]
[[Pegar a chave e o urso.]]
[[Sair do quarto.]]O menino corre até a escrivaninha e pega a chave, colocando-a em seu bolso. Então sai imediatamente do quarto e vai para a cozinha, de onde sua mãe havia o chamado. Pedro estava claramente assustado com o que tinha visto. O garoto chega na cozinha correndo, e sua mãe o reprime.
- Pedro, nada de correr dentro de casa! Lavou as mãos? - pergunta Melissa. O menino responde negativamente e volta ao corredor, dirigindo-se ao banheiro. Ao passar pela porta do quarto, o garoto observa o seu urso na escrivaninha. Ele não estava de pé como Pedro havia o deixado, porém deitado. Imaginou que o vento o derrubou ou ele apenas havia deixado o urso mal posicionado, mas, depois da sombra, ficou um pouco difícil para o garoto acreditar na própria explicação. Ele segue em direção ao banheiro, e, na volta, a porta do seu quarto se fecha, batendo com força.
O menino retorna correndo para a cozinha. Sua mãe percebe o barulho da porta e vai ao quarto para fechar a janela, [[percebendo que o garoto está assustado.|mais opções de investigação]]O menino corre até a escrivaninha e pega o seu urso, abraçando-o. Então sai imediatamente do quarto e vai para a cozinha, de onde sua mãe havia o chamado. Pedro estava claramente assustado com o que tinha visto. O garoto chega na cozinha correndo, e sua mãe o reprime.
- Pedro, nada de correr dentro de casa! E não venha com o Molo para a cozinha, nós vamos comer agora.
- Mas mãe... Deixa ele ficar aqui, eu prometo que não vou ficar brincando com ele agora - Pedro insiste. O urso era reconfortante para o garoto em momentos tensos, e sua mãe entendia isso. Mas ela continua:
- Não mesmo, você pode sujar ele e eu não quero ter que limpar ele de novo.
O garoto abraça o urso forte antes de voltar para o quarto. Pedro pára na porta ao perceber que a cadeira da escrivaninha subitamente cai justo no momento em que ele chega. Assustado, joga o urso na cama sem nem mesmo entrar no quarto e retorna para a cozinha. [[O urso esboça uma expressão triste no que seria sua boca.|mais opções de investigação]]O menino corre até a escrivaninha e pega a chave o seu urso, abraçando-o. Ele coloca a chave no bolso, então sai imediatamente do quarto e vai para a cozinha, de onde sua mãe havia o chamado. Pedro estava claramente assustado com o que tinha visto. O garoto chega na cozinha correndo, e sua mãe o reprime.
- Pedro, nada de correr dentro de casa! E não venha com o Molo para a cozinha, nós vamos comer agora.
- Mas mãe... Deixa ele ficar aqui, eu prometo que não vou ficar brincando com ele agora - Pedro insiste. O urso era reconfortante para o garoto em momentos tensos, e sua mãe entendia isso. Mas ela continua:
- Não mesmo, você pode sujar ele e eu não quero ter que limpar ele de novo.
O garoto abraça o urso forte antes de voltar para o quarto. Pedro pára na porta ao perceber que a cadeira da escrivaninha subitamente cai justo no momento em que ele chega. Assustado, joga o urso na cama sem nem mesmo entrar no quarto e retorna para a cozinha. [[O urso esboça uma expressão triste no que seria sua boca.|mais opções de investigação]]O menino sai imediatamente do quarto e vai para a cozinha, de onde sua mãe havia o chamado. Pedro estava claramente assustado com o que tinha visto. O garoto chega na cozinha correndo, e sua mãe o reprime.
- Pedro, nada de correr dentro de casa! Lavou as mãos? - pergunta Melissa. O menino responde negativamente e volta ao corredor, dirigindo-se ao banheiro. Ao passar pela porta do quarto, o garoto observa o seu urso na escrivaninha. Ele não estava de pé como Pedro havia o deixado, porém deitado. Imaginou que o vento o derrubou ou ele apenas havia deixado o urso mal posicionado, mas, depois da sombra, ficou um pouco difícil para o garoto acreditar na própria explicação. Ele segue em direção ao banheiro, e, na volta, a porta do seu quarto se fecha, batendo com força.
O menino retorna correndo para a cozinha. Sua mãe percebe o barulho da porta e vai ao quarto para fechar a janela, [[percebendo que o garoto está assustado.|mais opções de investigação]]<<if $vizinhos is false or $delegacia is false>>Próximo das quatro horas da tarde, a chuva já havia cessado e Pedro poderia voltar à sua investigação.<<if $temchave is true>> A chave que ele encontrou poderia ser importante, pois estava exatamente na pasta do dia do falecimento do seu pai. O único acontecimento que ocorreu no mesmo período foi o falecimento da família do delegado Arthur, mas os casos eram semelhantes.<<else>> O garoto ainda não havia encontrado nenhuma pista ou informação importante sobre a morte do seu pai, e ele estava determinado a conseguir alguma coisa. Ele se lembrou que a morte da família do delegado Arthur tinha pontos em comum com a do seu pai, então ele poderia buscar por informações tanto sobre seu pai quanto sobre o delegado.<</if>>
<<if $vizinhos is false>>[[Visitar os vizinhos]]<</if>>
<<if $delegacia is false>>[[Ir à delegacia]]<</if>><<elseif $vizinhos is true and $delegacia is true>>Próximo das quatro horas da tarde, a chuva já havia cessado. Pedro não conseguia imaginar qualquer outra maneira de continuar a investigação.<<if $temchave is true>> Pelo menos aquela chave que ele havia encontrado poderia ser importante, pois estava exatamente na pasta do dia do falecimento do seu pai. O único acontecimento que ocorreu no mesmo período foi o falecimento da família do delegado Arthur, mas os casos eram semelhantes, por isso a chave poderia ser "a chave" para sua investigação. Mas ele ainda não entendia por que aquele caso era confidencial. [[Se houvesse a possibilidade de saber o que estava escondido...]]<<else>> Isso o deixou triste. Será que ele deveria desistir de tudo isso e apenas seguir sua vida? O garoto não conseguia entender por que aquele caso era confidencial. [[Se houvesse a possibilidade de saber o que estava escondido...]]<</if>><</if>>O menino deixa a bicicleta em frente à delegacia e adentra o local. Nervoso, monta mentalmente a abordagem que irá utilizar com os policiais.
[[Comovente|falar com policiais][$comovente to true]]
[[Curioso|falar com policiais][$comovente to false]]<<if $comovente is false>>Pedro decide utilizar a atuação curiosa. Ele se aproxima do balcão e pergunta ao policial:
- Oi moço, eu sei que vai ser estranho o que eu vou perguntar, mas é sobre um caso que aconteceu perto da minha casa. Eu preciso fazer um trabalho pra escola e acho que vocês são a fonte mais confiável que eu poderia conseguir.
O menino tenta manter uma expressão séria. O policial parece um pouco desconfiado, mas o responde:<<else>>Pedro decide utilizar a atuação emotiva. Não era exatamente uma atuação, pois na verdade o garoto ainda se sentia triste. Ele se aproxima do balcão e pergunta ao policial:
- Oi moço, eu sei que vai ser estranho o que eu vou perguntar, mas é sobre um caso que envolvia meu pai. Minha mãe não quer me falar sobre isso porque ela acha que eu sou muito jovem pra saber detalhes, mas eu sei que posso lidar com isso, e vocês são os que mais sabem sobre a morte do meu pai.
O menino tenta manter uma expressão triste. O policial parece um pouco desconfiado, mas sente-se tocado com a situação do garoto e o responde:<</if>>
- Olha só, eu até posso te passar alguma informação, mas tem casos que são confidenciais. Sobre o que você quer saber, menino?
Pedro sente-se um pouco mais nervoso. [[E se o caso do seu pai fosse um desses casos confidenciais?]]Ele engole saliva em nervosismo e decide comentar sobre o bilhete. Se estivesse certo, teria altas chances de saber mais detalhes.
<<if $comovente is false>>- Eu era muito pequeno quando isso aconteceu, mas um homem se suicidou, e, no mesmo dia em que encontraram o corpo, um policial também se suicidou, na frente dos vizinhos. Eu lembro que conversavam sobre um bilhete, mas não me lembro muito bem do que estava escrito...<<else>>- Eu era muito pequeno quando isso aconteceu, mas meu pai se suicidou, e, no mesmo dia em que encontraram o corpo, um policial também se suicidou, na frente dos vizinhos. Eu lembro que conversavam sobre um bilhete, mas não me lembro muito bem do que estava escrito...<</if>>
Pedro tenta se lembrar novamente da frase, só para ter certeza de que iria conseguir a informação e sua visita não seria em vão.<<if $fraseestacerta is true>>
- Eu acho que estava escrito "A expressão dele vai te fazer feliz".
[[O policial parece surpreso com o que o garoto sabia.|conversa sobre a frase]]<<else>>
- Eu acho que estava escrito "A expressão dele vai te aterrorizar".
[[O policial levanta uma das sobrancelhas em sinal de desconfiança.|conversa sobre a frase]]<</if>><<if $fraseestacerta is true and $comovente is false>>- Menino, essa informação que você tem não foi passada para nenhum jornalista, não foi divulgada em público. Mas, sinto muito, esse é um caso confidencial. Mesmo que você seja próximo de uma das pessoas que morreram, eu tenho ordens para não divulgar muitas informações. As coisas que eu poderia te falar são o que você já deve saber, como a situação dos corpos, o que os vizinhos relataram...
Pedro soltou um suspiro triste. Por ele ter essa informação sobre o bilhete, o policial já imaginou que ele soubesse os detalhes gerais do caso. [[Além disso, o menino achou estranho o fato de um caso de suicídio ser confidencial.]]<<elseif $fraseestacerta is true and $comovente is true>>- Bom, garoto, acho que eu posso acreditar que você é realmente filho do homem que morreu naquele dia. Essa informação sobre o bilhete não foi divulgada publicamente. Mas, infelizmente, não posso passar informações detalhadas sobre o caso, é confidencial. As coisas que eu poderia te falar são o que você já deve saber, como a situação dos corpos, o que os vizinhos relataram...
Pedro soltou um suspiro triste. Por ele ter essa informação sobre o bilhete, o policial já imaginou que ele soubesse os detalhes gerais do caso. [[Além disso, o menino achou estranho o fato de um caso de suicídio ser confidencial.]]<<elseif $fraseestacerta is false and $comovente is true>>- Bom, garoto, não divulgamos informações sobre o tal bilhete, mas essa não era a frase. Não sei se posso confiar que você apenas não se lembra exatamente ou se está tentando me enganar. De qualquer forma, não posso dar muitos detalhes sobre o caso, é confidencial. O que eu poderia te falar é a mesma coisa que esteve nos jornais.
Pedro soltou um suspiro triste. Se ele tivesse se lembrado corretamente da frase, talvez tivesse uma chance. [[Além disso, o menino achou estranho o fato de um caso de suicídio ser confidencial.]]<<elseif $fraseestacerta is false and $comovente is false>>- Menino, você não pode enganar um policial. Talvez você tenha conversado com a família do falecido, mas essa frase que você disse está errada. Além disso, tenho ordens para não divulgar muitas informações sobre esse caso específico, pois é confidencial. Você pode encontrar o que quer em jornais antigos, não tenho tempo para ficar repetindo tudo.
Pedro soltou um suspiro triste. Se ele tivesse se lembrado corretamente da frase, talvez tivesse uma chance. Ou talvez o policial apenas dissesse para ele procurar em jornais da mesma forma. [[Além disso, o menino achou estranho o fato de um caso de suicídio ser confidencial.]]<</if>>Sem sucesso, o garoto retorna à sua casa. Ele não demorou muito, portanto sua mãe não se preocupou. Seria um problema se ela ao menos desconfiasse que o menino está investigando o caso sozinho. <<if $vizinhos is false>>Por este motivo, ele não poderia simplesmente sair de porta em porta para perguntar aos vizinhos, pois eles avisariam sua mãe. O menino, então, desiste da possibilidade de conversar com vizinhos. A maioria já havia se mudado após aquela cena horrível da morte do delegado, então ele concluiu que seria uma busca em vão. <<else>>O garoto tremeu de medo ao imaginar que algum dos vizinhos poderia contar a verdade à sua mãe. <</if>><<if $biblioteca is false>>Talvez uma visita à biblioteca seria apropriado, pois não chamaria a atenção. Além disso, Pedro conhecia o bibliotecário. Ele poderia obter sucesso ao procurar por jornais ou documentos antigos sobre a cidade.
[[Comparecer à biblioteca]]<</if>><<if $biblioteca is true and $temchave is true>>Pelo menos aquela chave que ele havia encontrado poderia ser importante, pois estava exatamente na pasta do dia do falecimento do seu pai. O único acontecimento que ocorreu no mesmo período foi o falecimento da família do delegado Arthur, mas os casos eram semelhantes, por isso a chave poderia ser "a chave" para sua investigação. Mas ele ainda não entendia por que aquele caso era confidencial. [[Se houvesse a possibilidade de saber o que estava escondido...]]<<elseif $biblioteca is true and $temchave is false>>O fato de não ter nenhuma pista o deixou triste. Será que ele deveria desistir de tudo isso e apenas seguir sua vida? O garoto não conseguia entender por que aquele caso era confidencial. [[Se houvesse a possibilidade de saber o que estava escondido...]]<</if>>!!Capítulo 3: Tecnologia
Em breve...Pedro bate palmas em frente à casa vizinha no lado direito. Ao ver que ninguém o atendeu após alguns segundos, ele pensa em bater palmas novamente, mas percebe a grama alta e as janelas fechadas. Já faz algum tempo que ninguém mora ali. Era a casa do delegado Arthur. Parece que ninguém gostaria de morar em uma casa onde mortes horríveis aconteceram.<<set $casadireita to true>><<if $casaesquerda is false>>
[[Visitar a casa à esquerda]]<</if>><<if $casafrente is false>>
[[Visitar a casa da frente]]<</if>><<if $casafrente is true and $casaesquerda is true>>
[[Retornar à própria casa]]<</if>>O garoto chama o vizinho da casa do lado esquerdo ao ver que ele está varrendo o pátio. Pedro pergunta sobre os acontecimentos daquele dia, e o vizinho aparenta nervosismo ao ouvir a pergunta, tentando desviar do assunto. Esse vizinho provavelmente estava no dia em que tudo aquilo aconteceu e viu de perto o delegado se suicidar. Pedro percebe que isso poderia ter sido traumatizante, e, pelo bem do vizinho, decide não insistir. Era um idoso, e fazê-lo se recordar de cenas traumatizantes não seria nada bom.<<set $casaesquerda to true>><<if $casadireita is false>>
[[Visitar a casa à direita]]<</if>><<if $casafrente is false>>
[[Visitar a casa da frente]]<</if>><<if $casafrente is true and $casadireita is true>>
[[Retornar à própria casa]]<</if>>O menino toca a campainha da casa que fica à frente da sua, no outro lado da rua. Após um momento, uma jovem de aproximadamente 16 anos o atende. Pedro explica sobre a morte do seu pai e o tipo de informação que ele busca, mas a menina não estava lá naquela noite. Ela conta que só ficou sabendo sobre o caso no jornal, e o que ela sabia era o mesmo que Pedro também já sabia.<<set $casafrente to true>><<if $casaesquerda is false>>
[[Visitar a casa à esquerda]]<</if>><<if $casadireita is false>>
[[Visitar a casa à direita]]<</if>><<if $casadireita is true and $casaesquerda is true>>
[[Retornar à própria casa]]<</if>>Essa ideia de conversar com alguns vizinhos não foi produtiva para a investigação de Pedro. Ele não tinha obtido nenhuma informação importante até agora. <<if $biblioteca is false and $delegacia is false>>Talvez uma visita à biblioteca seria apropriado, pois não chamaria a atenção. Além disso, Pedro conhecia o bibliotecário. Ele poderia obter sucesso ao procurar por jornais ou documentos antigos sobre a cidade. Ou então uma conversa com os policiais da delegacia da cidade também poderia dar a ele informações importantes sobre o caso, algo mais aprofundado. Mas isso seria arriscado, já que ele é apenas uma criança, e o garoto também não poderia deixar sua mãe saber disso.
[[Comparecer à biblioteca]]
[[Ir à delegacia]]
<<elseif $delegacia is false and $biblioteca is true>>Uma conversa com os policiais da delegacia da cidade também poderia dar a ele informações importantes sobre o caso, algo mais aprofundado. Mas isso seria arriscado, já que ele é apenas uma criança, [[e o garoto também não poderia deixar sua mãe saber disso.|Ir à delegacia]]<<elseif $delegacia is true and $biblioteca is false>>Talvez uma visita à biblioteca seria apropriado, pois não chamaria a atenção. Além disso, Pedro conhecia o bibliotecário. [[Ele poderia obter sucesso ao procurar por jornais ou documentos antigos sobre a cidade.|Comparecer à biblioteca]]<<elseif $delegacia is true and $biblioteca is true>><<if $temchave is true>>Pelo menos aquela chave que ele havia encontrado poderia ser um item importante, pois estava exatamente na pasta do dia do falecimento do seu pai. O único acontecimento que ocorreu no mesmo período foi o falecimento da família do delegado Arthur, mas os casos eram semelhantes, por isso a chave poderia ser "a chave" para sua investigação. Mas ele ainda não entendia por que aquele caso era confidencial. [[Se houvesse a possibilidade de saber o que estava escondido...]]<<else>>Isso o deixou triste. Será que ele deveria desistir de tudo isso e apenas seguir sua vida? O garoto não conseguia entender por que aquele caso era confidencial. [[Se houvesse a possibilidade de saber o que estava escondido...]]<</if>><</if>>